Luz ultravioleta revela como eram de verdade as estátuas da Antiguidade Clássica

mai 1, 2013 by

gods_jul08_631A réplica pintada de um arqueiro 490 aC (no Parthenon, em Atenas) atesta a meticulosa investigação do arqueólogo alemão Vinzenz Brinkmann em cores de antigas esculturas. A estátua original veio do Templo de Aphaia na ilha grega de Aegina. (Stiftung Archäologie, Munique).

As estátuas gregas antigas eram originalmente pintadas com cores berrantes, mas após milhares de anos esta tinta saiu. Descubra como uma luz pode ser a única coisa que pode nos ajudar a vê-las como eram na antiguidade.

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Augusto, primeiro imperador de Roma

 

Apesar de ser impossível pensar que ainda exista algo a ser descoberto depois de milhares de anos de vento, sol, areia  e estudantes de arte, descobrir os padrões perdidos nas antigas esculturas gregas pode ser só uma questão de iluminá-las com a lâmpada certa, do jeito certo. Uma técnica chamada “raking light” tem sido usada há tempos em análise artística e consiste em posicionar uma lâmpada cuidadosamente, de modo que o caminho da luz seja quase paralelo à superfície do objeto. Quando usada em pinturas, a técnica torna obviamente visíveis as pinceladas, assim como sujeiras e imperfeições. Em estátuas, o efeito é mais sutil. Já que tintas diferentes envelhecem em velocidades diferentes, a pedra está elevada em alguns lugares – protegida da erosão por sua camada de tinta – e mais baixa em outros. Padrões elaborados se tornam visíveis.

A luz ultravioleta também é usada para distinguir padrões. O UV faz com com que muitos compostos orgânicos fluoresçam. Os negociantes de arte usam luzes UV para verificar se obras de arte foram retocadas, já que tintas antigas têm bem mais compostos orgânicos do que as mais novas. Em estátuas da Grécia antiga, pequenos fragmentos de pigmento que ainda restam na superfície brilham, iluminando padrões mais detalhados.

500x_brinkmannstatuebig_2Depois que o padrão é mapeado, há ainda o problema de descobrir quais cores usar na reconstituição. Uma série de azuis escuros vão criar um efeito bem diferente do que uma combinação de dourado e rosa. Mesmo se for deixada uma quantidade suficiente de pigmento para que o olho nu perceba a cor, alguns milhares de anos de idade podem modificar bastante o aspecto de uma estátua. Não há como saber se a cor vista hoje tem qualquer coisa a ver com a tonalidade original.

Mas há uma solução para este dilema. As cores podem esmaecer com o tempo, mas os materiais originais – pigmentos derivados de animais e plantas, pedras quebradas ou conchas – ainda têm a mesma aparência. Isso também pode ser visto pela técnica das luzes.

Infravermelho e espectroscopia de raios-X podem ajudar os pesquisadores a entender do que são feitas as tintas, e qual era a article-1305025-0ADF0B40000005DC-943_634x311aparência original delas. A espectroscopia se baseia no fato de que os átomos são exigentes no que diz respeito ao tipo de energia que vão absorver. Certos materiais emitem uma grande variedade de larguras de onda, como unidades de reconhecimento militar em um território estranho. Inevitavelmente, algumas dessas unidades não voltam. Ao verificar quais larguras de onda são absorvidas, os cientistas podem determinar de que materiais a substância é feita. O infravermelho ajuda a determinar os compostos orgânicos, já os raios-x só param quando encontram algo realmente pesado, como pedras ou minerais. Com isso, os pesquisadores podem determinar de que cor uma estátua milenar foi pintada.

As esculturas reconstruidas integraram a exposição “Deuses em cores: escultura pintada da antiguidade clássica. Ela apresentou mais de 20 reconstruções em cores em tamanho real de obras gregas e romanas, ao lado de 35 estátuas originais e relevos.

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“Leão de Loutraki, 550 a.C “

Via HarvardColour LoversTateThe SmithsonianColorado University, e Carleton.

O arqueiro e o leão são reconstruções criadas por Vinzenz Brinkmann.

Fontes: http://gizmodo.uol.com.br

http://www.colourlovers.com

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Renascido em cores vivas: Calígula vai do claro a faces rosadas em uma reconstrução que esmaga percepções monocromáticas de escultura antiga. (Foto Ilustração de Washington Post com imagens da Ny Carlsberg Glyptotek (esquerda) e Stiftung Archaeologie).

 

Comentários

  1. D disse:

    Olha só ! E não é que a Grécia Antiga era muito menos sisuda do que se faz crer ?

    Acabou boa parte aquela noção de “nobreza sóbria” que eu tinha sobre ela. Muito bom o post !

  2. Valderly disse:

    INTERESSANTE POSTAGEM ,GOSTEI MUITO .

  3. rafael péricles disse:

    muito massa pow isso facilitar muito pra história.

  4. Tomás disse:

    O artigo em si é interessante, porém tenho duas críticas que faço respeitosamente.

    Primeiro, a autora poderia ter acrescentado algumas legendas nas imagens, para não deixar o leitor (como eu fiquei) com a sensação de “o que é isso que eu estou vendo?”, especialmente com a nota final de “Algumas das imagens são reconstruções criadas por Vinzenz Brinkmann” (quais?????).

    Segundo, há um erro de terminologia que desabona a pesquisa feita para o artigo. Não existe largura de onda, e sim comprimento de onda.

    1. Jhun disse:

      Sobre o termo “largura de onda”, é muito provável que isso seja um erro de tradução cometido por alguém que não tem familiaridade com a terminologia da área.

      1. Tomás disse:

        Tanto pior. O termo em inglês é “wavelength”, e traduzir “length” por “largura” não é válido em nenhum dicionário. De qualquer forma comentei na intenção de contribuir, não de destruir.

        1. Bianca disse:

          também só no intuito de ajudar a entender: largura é comprimento em espanhol. talvez a tradução não tenha sido feita do inglês.

          1. Tomás disse:

            OK, pode ser. Obrigado pela explicação. Mas ainda assim a conversão do falso cognato espanhol para “largura de onda” é um erro.

          2. pablo disse:

            Só pra esclarecer: comprimento em español é “largo”, não largura.

      2. Leonardo Lima disse:

        Quando li sobre o que a colega escreveu sobre “largura de onda”, imaginei o mesmo que Jhun, acima colocou. Provavelmente tenha sido erro de tradução. Um exemplo é da palavra LARGO em espanhol significa COMPRIDO em português, o que não deprecia o teor do artigo.

        1. John disse:

          Nossa gente, vai dar meia hora de cu em vez de discutir terminologia de física. O artigo está muito bom, obrigado pelo texto!

      3. Tiago Pereira Lemes disse:

        Não há erro algum. Largura de onda existe e é um termo referente aos intervalos de comprimentos de onda que podem ser absorvidos ou emitidos por determinados materiais. É um termo correto é científico usado em artigos e notas de aula.

    2. Marcos disse:

      Independente das terminologias. A verdade é que as esculturas era sim pintadas, ao contrário do que muitos acreditam. Pede ser difícil para algumas pessoas aceitarem. Porém, temos de ter a mente aberta para entender tais verdades. =)

  5. Ich disse:

    Infravermelho ajuda a determinar os compostos organicos, ja que o raio-x… Perai, raio x e infravermelho sao dois comprimentos de onda bastante distintos… E materiais nao emitem onda por si so

    1. Du disse:

      sim, eles emitem.

    2. Augusto Neiva disse:

      As duas espectroscopias citadas pela autora dependem de fontes externas.
      No caso da espectroscopia de infravermelho, aplica-se um feixe dentro de uma faixa de comprimentos de onda, e detecta-se o que sobra. Os comprimentos de onda absorvidos dão informações sobre as moléculas.
      Por outro lado, as espectroscopias (de fluorescência) de raios X detectam os raios X emitidos pelo objeto sob estudo. Para isso ele precisa ser excitado por uma fonte de raios X (ou de elétrons, ou de íons, em técnicas semelhantes). Os raios X emitidos pelo objeto são característicos dos elementos químicos ali presentes.
      Assim, a primeira técnica identifica moléculas, a outra elementos. Ambas as informações podem ajudar a identificar resquícios de pigmentos na superfície das estátuas.
      No texto, há um comentário sobre a penetração dos raios X em diferentes materiais. Embora esta penetração também interesse no caso da espectroscopia de raios X, o comentário tem mais sentido se pensarmos em radiografias, úteis para revelar detalhes internos dos objetos, e talvez para diferenciar pigmentos compostos por chumbo, mas pouco úteis para identificar os demais pigmentos.

  6. Henrique disse:

    Ficou uma merda com tinta xD

    1. Iamkky disse:

      Ficou mesmo! Acho que fomos da grécia ao méxico :-)

    2. Giuliano disse:

      Acredito que a pintura original era bem mais sutil e esteticamente mais agradável, se é que ela existiu mesmo. Devemos considerar que os modelos pintados são em gesso, os originais em mármore, materiais bem diferenciados. O gesso é bem mais poroso, então é mais receptivo ao pigmentos. Acredito que os pigmentos originais foram naturais, já os dos modelos devem ser artificiais, tipo “Pó Xadrez”. E vamos considerar que os gregos clássico eram exímios artistas, os modelos devem ter sido feitos por artistas-cientistas. Olhem só as paredes e murais pintados da velha cidade de Pompéia: mesmo após mais de um milhar de anos e uma erupção vulcânica gigantesca, elas mantém um frescor e uma técnica tão divino quanto as pinturas de Michelangelo, que afinal bebeu dessa fonte. Só temos que comemorar. Abraços a todos.

      1. Giuliano disse:

        Eu cito os gregos como exímios artistas e depois cito os murais da italiana Pompéia. Pode parecer um erro, porém citei esses exemplos por acreditar que a técnica e estilo da pintura mural romana com certeza foi copiada dos gregos e etruscos, já que a arte romana foi fortemente influenciada por estas culturais.

  7. Joana Fabiana disse:

    Uma dúvida:
    As estátuas gregas eram feitas em bronze, e praticamente todas foram destruídas pelos iconoclastas, e o que se pode ver por essas imagens, é que o estudo das cores foi feito em estátuas romanas, feitas em mármore. Não entendi então como os estudos foram feitos em estatuas romanas, já que estas não eram pintadas.

    1. From Hell disse:

      Estátuas romanas não eram pintadas???? Vai estudar mais sua anta.

  8. Laercio leal disse:

    Adorei os post…!

  9. J.Santelmo disse:

    Tenho minhas dúvidas quanto à esta técnica.Parece mais propagandística.
    As estátuas estão pintadas com um profusão de cores( o que também não combina com o espírito grego) e
    Antigamente tinham um número menor de pigmentos, e nem todos estavam disponíveis em todas regiões. A grande variedade de pigmentos começou mesmo com o desenvolvimento da industria química com os pigmentos sintéticos.

    “Antes da revolução industrial, a gama de cores disponíveis para utilizações artísticas e decorativas era tecnicamente limitada. A grande maioria dos pigmentos eram minerais, terras ou de origem biológica. Os pigmentos de origens incomuns,como materiais botânicos, resíduos animais, insectos e moluscos eram colhidos e comercializados através de longas distâncias. Algumas cores eram extremamente caras ou impossíveis de misturar com a maioria dos outros pigmentos disponíveis. O azul e a púrpura ficaram associados à realeza, tal era o seu preço de compra Os pigmentos biológicos eram de difícil aquisição e os detalhes da sua produção eram mantidos em segredo pelos fabricantes. A Púrpura tíria é um pigmento fabricado a partir do muco de várias espécies de Hexaplex trunculus.
    O pigmento era muito caro e a sua produção era muito complexa. Por isso as peças de vestuário púrpura ficaram associadas ao Poder e à riqueza”.

    1. Davi disse:

      Hmm, e você viveu na época deles para saber como era o espírito Grego, né??

      Que associação mais falaciosa…

    2. Mário disse:

      Também achei “colorido” demais. Eles eram tão perfeitos ao realizarem as esculturas, que essas “pinturas” ficam parecendo primárias.

      1. Hilda disse:

        Mário, esse conceito de perfeição estética também é um conceito contemporâneo que você aprendeu a aceitar como único porque faz parte da visão absoluta de um grupo que se sobrepôs a outros com outras visões sobre beleza. Procure refletir sobre que as culturas são infinitamente mutáveis, a cada dia, mês, ano….e o conceito de “primário” para você, só interessa para você (por exemplo) e certamente os gregos com suas esculturas, os sumérios com seus relevos, os etruscos com suas obras, os romanos com seus afrescos, os góticos em suas pinturas também, não se consideravam primários e nem mesmo os mexicanos que alguém aí citou com tom de ironia…

        1. Charlie disse:

          Quanta ignorância….

    3. Hilda disse:

      J.Santelmo poderia revelar a fonte de sua citação ? Não podemos esquecer que no passado, no mais distante, havia contatos entre as sociedades através do comércio realizado entre as regiões como por exemplo: Egito , Grécia , Roma , etc e que influências de todas as naturezas eram absorvidas por todas as regiões. Uma grande troca cultural que ainda hoje acontece com mais ou menos intensidade. Porém, lembram-se das pinturas egípcias ? Coloridas e maravilhosas nas colunas, nos interiores dos templos, nas catacumbas, nas esculturas….ou vocês acham que cada sociedade vivia fechada em sua própria redoma ? E esse conceito do “Espírito Grego” “Nobreza Sóbria” é apenas UMA das hipóteses formuladas por grupos de pesquisadores, historiadores, cientistas….e o que todos eles fazem é formular hipóteses a partir do material e informações no momento histórico e científico em que viveram, no contexto…hoje pode ser diferente e amanhã mais ainda. Conceitos pré-concebidos (redundância necessária aqui)fazem parte da ingenuidade dos que leem só até a página 2.

      1. J.Santelmo disse:

        Hilda,
        O que se depreende ao estudarmos a história grega, é que ela parecia não ser dada vamos dizer…ao espalhafato. (e foi o que senti nesta mostra).
        Um dos aforismas gregos dizia “meden agan” (nada em excesso)
        outro parece que de Aristóteles diz: ” no meio a virtude” Quando disse “espírito grego” foi neste intuito, ou seja lemos a história, também com a imaginação, baseada é claro no que diz os historiadores, arqueólogos etc., se não quem mais?
        E quem pode garantir que estas estátuas não foram pintada “a posteriori” uma vez que lá ficaram expostas e sem cuidados por séculos? E quando a esta técnica a vejo como já disse, com viés propagandístico, com certeza objetivando vendê-las a terceiros-mundistas como nós que acreditam piamente em tudo que nos dizem,quando vêm do primeiro mundo.
        Tenho lido (respondendo sua primeira indagação) Nossa herança clássica de Will Durant. abrçs.

        1. J.Santelmo disse:

          P.S. Onde se lê nos acreditam, leia-se nós acreditamos

  10. Bruna disse:

    nossa, agora to achando tudo mais lindo <3 imagina o impacto dessas imagens, se elas já parecem que vão andar sem pintura imagina com as cores. *-*

  11. Amanda disse:

    Ao contrário do/a D, eu gosto mais dos tons pálidos marmóreos, da “nobreza sóbria” das figuras amplamente divulgadas das estátuas erodidas. Com restituição de cor, as estátuas me pareceram muito… carnavalescas.

  12. Robson disse:

    Muito interessante, mesmo! Acredito que a possibilidade de as estátuas gregas da antiguidade serem pintadas deveria ter sido analisada antes, considerando muitas das pinturas que há em Creta e em outras regiões do país que ilustram os mitos etc.

  13. Eduardo disse:

    Sem querer fazer propaganda de programa de TV, isso é realmente Fantástico!

    1. Edmundo disse:

      Já fez, meu jovem

  14. Oi Karina!

    Tudo bem?
    Eu li teu blog e vi um termo que despertou-me curiosidade. O que seria religiões Neopagãs?

    Abração!

    Bread!

    1. Karina Bezerra disse:

      Olá Bread,
      Primeiramente desculpe por na seção de neopaganismo ainda não ter um texto explicando. Mas em breve irei anexar.
      O neopaganismo é um termo utilizado para identificar uma grande variedade de movimentos religiosos modernos, particularmente aqueles influenciados pelas crenças pagãs pré-cristãs da Europa. Esses movimentos são politeístas, animistas, panteístas, entre outros. Procuram pôr a vida humana em harmonia com os ciclos da Natureza vista como “presença” e “expressão” da divindade. As principais religiões são a Wicca, o Druidismo moderno, o Reconstrucionismo Saxão ou Ásatrú, e o Xamanismo.
      Abraço,

  15. Fabiano disse:

    Sei não, a segunda foto ali é do Otavio Augusto, imperador romano, não é grego não, achei bem estranho…

  16. Parabéns, vai me ajudar nas minhas aula de Química!

  17. andreia disse:

    Sinceramente…prefiro as estatuas sem cores

  18. Perpe Brasil disse:

    Gostei da aula de cores deJ. Santelmo. Sou artista plástica e ligada nesses assuntos .Ano passado estive em Florença e vi uma escultura de um soldado romano em cores,achei muito esquisita mas li que realmente as esculturas eram coloridas.

  19. Cleudi disse:

    Legal, o leão ficou muito bonito na representação e sem falar nas texturas que tinha a pintura grega, e a utilização da métrica! Uma pesquisa que contribui bastante para a historia da arte. Muito bom!

  20. Luiz C.Munhoz disse:

    Pra mim, que sou leigo no assunto, ficou assim: muito blá,blá,blá e pouca ilustração. Sinceramente, não me interessa nenhum pouco a técnica empregada para descobrir as cores reais das estátuas. Interessa-me as mudanças que isso pode acarretar no modo como víamos o mundo greco-romano. Sobre isso, nada…

    1. Joao disse:

      Comentário Lamentável, perdeu a chance de ficar calado…

  21. Adriano disse:

    Como eram bregas e cafonas eles.

    1. Luciano Silva disse:

      Isso é cíclico. Você tem que ver o passado com os olhos do passado.

      Você deve achar os anos 80 e pop art algo cafona então, mas lembre-se que na época não era nada cafona.

      O que você acha chique hoje com certeza será brega e cafona em algum tempo, para voltar a ser chique em décadas e revisitações futuras.

  22. Jaqueline disse:

    Essa descoberta colocará pensadores,
    arqueólogos, restauradores, historiadores, físicos, químicos etc… a repensar em toda a criação quanto Arte.

  23. Heloisa Maria Maqueda da Silva disse:

    Muito bom! Realmente as côres dão nova vida às esculturas. Imagine o Egito como deveria ser.

  24. Mário disse:

    Demais!!!! mas ao mesmo tempo causa certa estranheza. Estamos tão acostumados a ver essas esculturas sem a pintura!!!! Parece que perdem a “naturalidade”. Não sou artista plástico, mas questiono se a pintura seria tão “primária” como aparecem nessas “reconstituições”. Eles eram tão perfeitos ao fazerem as esculturas, que fica difícil acreditar que eles não usassem tons diferentes para a mesma “pele”, por exemplo. Ou será que eu preciso “averiguar” esse meu “bitolamento” e “pre-conceito” em relação a isso? rsrsrs

  25. Tomás disse:

    Tem outra coisa, o fato de algumas esculturas serem pintadas não leva necessariamente à conclusão de que TODAS eram. Muito frequentemente vejo casos isolados (e que podem mesmo ser exceções às regras) serem usados como base para conclusões do tipo “agora sei como TUDO é (ou era) de verdade”. Não é por aí, acho perfeitamente provável que muitas esculturas fossem feitas para serem pintadas e outras para permanecerem na cor do material de que eram feitas. Afinal de contas arte é feita por artistas e os artistas meio que têm a mania de serem criativos, não?

  26. Rubens disse:

    Gregas ou romanas, as esculturas ficaram horriveis com as cores. Ficam muito melhores sem as cores berrantes. Como disse alguem nos comentarios, com essa informação passamos da beleza e da sobriedade classica da Grecia para o mau-gosto popularesco latino do tipo Mexico ou Brasil…

  27. arc disse:

    Esse negócio de “raking light” está muito mal contado. Vocês vão cair nessa?

  28. Ola eu definitivamente adoro este editorial e que tem sido tao fantasticoque vo salva-lo. Uma coisa a dizer, a analise excepcional que deve ter feito eh definitivamente extraordinaria! Quem faz o que a pesquisa adicionais nos dias de hoje?

  29. Mila Ribeiro Chagas disse:

    Descoberta de grande valor.
    Obrigada por me mostrar o que eu nunca poderia imaginar.

  30. Rosane Mota disse:

    Muito interessante e bem criativas as pinturas das estátuas na antiguidade!

  31. Marcia Mattos disse:

    Quem já estudou, um pouco que seja, de história da arte sabe que as estátuas gregas e romanas eram pintadas. No ideal de representação que buscavam não poderiam ser como as conhecemos, sem cor. O que não tínhamos era esse mapeamento. As cores estão exageradas, o software trabalha com cores em RGB e numa gama pequena, talvez.
    Mas é incrível.

  32. edward disse:

    Trabalhos muito interessantes. Postagens ótimas com grande teor de informação.

  33. Charlie disse:

    Bom, acho pouco provável que sejam estas cores, talvez seja próximo de como eles usavam… estudando antropologicamente a Cultura, ela destoa desta reportagem….

  34. Alice Marques disse:

    Uma arqueologia da arte.

  35. Kemettiano disse:

    Muitas dessas esculturas foram feito modernamente, dizem alguns que e para preservação das originais, e muitos tinha o fenótipo negroide, infelizmente os historiadores brancos, para apagar as pessoas que eles classificaram como negros, e colocar eles. Lembrado tem milhares de provas desde esculturas e pinturas, comprovam que existe pessoas escuras nas civilizações gregas e romana. E claro luz ultravioleta não tem como sabe a cor da pele,olhos e cabelo de uma pessoa que já existiu a parti de esculturas, isso faz parte da supremacia branca.

  36. tienes canal de youtube?

  37. [...] o site Cliografia, estudantes de arte descobriram padrões perdidos nas antigas estátuas gregas, de forma [...]