Por que veganos boicotam a Nestle?

mai 1, 2015 by

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Na verdade não só veganos boicotam a Nestle, mas várias pessoas e entidades que defendem a saúde das crianças, e mais atualmente que protestam sobre a exploração das Águas de São Lourenço no Brasil, que são contra os testes em animais, entre outros.

A Nestle é uma empresa suíça produtora de alimentos, fundada em 1866. O boicote a esta marca perdura por quase um século.

Vejam a cronologia do boicote de 1935 até 2008*

*Fontes: site da RIBN (www.ribn.it) e da Baby Milk Action. E vermelha.org

Em 1935, Cecily Williams faz uma palestra sobre as mortes dos bebês alimentados com mamadeira e leite condensado no Rotary Club em Cingapura. Utilizando o título Leite e Assassinato ela diz “que a propaganda enganosa sobre alimentos infantis deveria ser punida como a mais criminosa forma de sedução e que aquelas mortes deveriam ser consideradas como assassinatos.”

Assim em 1968, o dr. Derrick Jelliffe inventa o termo “desnutrição comerciogênica” (quer dizer, desnutrição devida à forma de comercialização) para descrever o impacto das estratégias de marketing das indústrias sobre a saúde infantil.

Em 1970, o grupo UNPAG (United Nations Protein Calorie Advisory Group) organiza um encontro sobre nutrição infantil que enfoca o problema das estratégias industriais.

Em 1973 aNew Internationalist chega às bancas com a manchete “A tragédia dos alimentos infantis” e pede uma campanha para parar a comercialização inadequada do leite para criança. A UNPAG declara que a publicidade do leite em pó junto às mães, ainda nos hospitais logo após o parto, é inapropriada.

Em 1974 War on Want publica “O assassino de crianças”, relatório sobre a desnutrição e a promoção do aleitamento artificial nos países do Terceiro Mundo. O documento é traduzido e publicado na Suíça com o título “Nestlé mata bebês”. A Nestlé acusa de difamação a ONG que tomou tal iniciativa (AgDW).

Em 1975, a Nestlé e outras 7 indústrias reúnem-se para formar o ICIF (Conselho Internacional das Indústrias de Alimentos Infantis) e produzem voluntariamente um “código de conduta”.

Em 1976 a UNPAG responde ao ICIF que o código de conduta não é suficiente. A AgDW é condenada por difamação somente pelo título da publicação (Nestlé mata bebês) e a Nestlé é avisada que deve mudar as práticas de comercialização.

Em 1977 COMEÇA A CAMPANHA DE BOICOTE À NESTLÉ NOS EUA QUANDO A MULTINACIONAL SE RECUSA A PARAR SUAS ESTRATÉGIAS DE COMERCIALIZAÇÃO NÃO ÉTICAS.

Em 1978, o boicote estende-se a Austrália, Nova Zelândia e Canadá.

No mesmo ano, o Comitê para Saúde e Pesquisa Científica do Senado norte-americano escuta depoimentos de profissionais dos países do Terceiro Mundo, representantes da Igreja, autoridades internacionais na área da medicina e marketing, funcionários de empresas, sobre a questão da nutrição infantil. Médicos e enfermeiros descrevem as influências negativas da publicidade e do uso do leite em pó em suas regiões de origem enquanto os representantes da Igreja ressaltam a indiferença das indústrias às críticas. As indústrias negam suas responsabilidades, mas admitem não ter como provar suas declarações.

Em 1979 a OMS/UNICEF (Organização Mundial da Saúde/Fundo das Nações Unidas para a Infância) hospeda uma reunião internacional em Genebra sobre alimentação de bebês e crianças. A reunião, que inclui representantes de governos, de organizações para saúde, grupos, pede que seja promovido um código internacional sobre marketing assim como ações para melhorar práticas de alimentação de bebês e crianças. As ONGs reúnem-se no IBFAN para poder pressionar mais as indústrias.

Em 1980, as indústrias desistem do compromisso de parar a propaganda. A Nestlé e mais três indústrias não mantêm a palavra dada e não assinam as recomendações do OMS/UNICEF. Então, a Baby Milk Action promove o boicote na Grã-Bretanha.

No mesmo ano a OMS e UNICEF trabalham num código em colaboração com governos, indústrias de comida infantil, pesquisadores, profissionais da área da saúde e entidades públicas.

Em 1981, o boicote estende-se a Suécia e Alemanha Oeste.

No dia 21 de maio, o “CÓDIGO INTERNACIONAL DE COMERCIALIZAÇÃO DOS SUBSTITUTOS DO LEITE MATERNO” é aceito pela maioria dos participantes à 34ª Assembleia Mundial da Saúde. Somente os Estados Unidos votam contra: 118 votos favoráveis, 1 contrário e 3 abstenções. Em Outubro: a União Européia aprova uma diretiva baseada no código.

Em 1982, Peru é o primeiro país que adota uma legislação nacional baseada no Código.
A 35ª. Assembleia Mundial da Saúde lembra que o Código internacional estabelece as “condições mínimas” a serem implementadas e “na sua totalidade”. Além disso, pressiona os Estados Membros de prestarem mais atenção ao Código.

Pressionado pela OMS e pelo UNICEF, e por grupos de ação social e profissionais da saúde, a Nestlé define algumas diretrizes (o “código IDACE”), consideradas insuficientes. Assim, o boicote começa na França.

Em 1983, o Congresso da União Europeia aprova mais uma vez uma resolução favorável ao código internacional e contrária ao “código IDACE”. O boicote chega na Noruega e na Finlândia.

Em 1984, no mês de Janeiro: a Nestlé aceita assinar o código da OMS. Depois de sete anos de intenso boicote, Nestlé promete uniformizar-se ao Código OMS/UNICEF com exceção da Europa do Leste. Algumas divergências entre a Nestlé e a INBC (International Boycott Committee) permanecem no que diz respeito à distribuição gratuita de produtos nas maternidades dos hospitais, mas a Nestlé insiste que neste aspecto o Código não está claro e resolve-se esperar esclarecimentos por parte da OMS e do UNICEF.

Em Fevereiro do mesmo ano: os grupos envolvidos no boicote encontram-se no México e resolvem suspender o boicote por 6 meses para permitir à Nestlé de pôr na prática suas decisões. O BOICOTE É INTERROMPIDO.

Em 1985, a IBFAN (Rede Internacional em Defesa do Direito de Amamentar) publica a primeira edição de Protegendo a Saúde da Infância (um guia para os profissionais da saúde sobre o Código); começa a publicação de Breastfeeding Briefs (um resumo de literatura científica sobre amamentação), implementa o Centro de Documentação sobre o Código em Penang (ICDC) e organiza workshops na África. A IBFAN-ICDC começa o treinamento sobre o Código.

Em 1986, a Assembleia Mundial da Saúde aprova uma resolução que proíbe a distribuição gratuita de leite artificial aos hospitais. Os membros aceitam as recomendações do comitê de técnicos que em 1985 tinham sido solicitados para dar um parecer a respeito da distribuição gratuita. Para eles a distribuição gratuita interfere na promoção do aleitamento materno e deveria ser suspensa: “o frequente uso dos substitutos do leite materno, que não somente é inútil, mas perigoso também, já que vem sendo usado no lugar do leite materno, não deveria ser permitido nos hospitais. Não se devem fornecer gratuitamente substitutos do leite materno aos hospitais.”

Em 1987-1988, o monitoramento da IBFAN revela que as indústrias violam as normas do Código. No ano de 1988, 228 ONGs em toda a Europa pedem diretrizes mais eficazes e a aplicação das mesmas.

Em Junho: o grupo IBFAN norte-americano (Action) organiza uma entrevista coletiva e declara que se a Nestlé e a American Home Products (AHP) não pararem de enviar amostras grátis aos hospitais, irão promover um novo boicote. Action pede que a Nestlé e AHP publiquem um programa sobre como irão suspender o envio das amostras.

Em Outubro: Action inicia o boicote nos Estados Unidos. O grupo IBFAN alemão (AGB) inicia o boicote à Nestlé e uma campanha contra Milupa. O Canadá junta-se ao boicote á Nestlé. Grupos na França, Áustria, Suécia, Noruega e Grã-Bretanha prometem aderir ao boicote. Mais 12 países prometem apoiá-lo. O BOICOTE RECOMEÇA.

Em 1989, no dia 15 de março, Dia Mundial dos Direitos dos Consumidores, inicia o boicote contra Nescafé. Ao mesmo tempo é promovido o boicote na Irlanda, Noruega, Suécia, Ilhas Maurício, México e Grã-Bretanha.

Em 1990, baseada na Declaração dos Direitos da Infância das Nações Unidas, a Declaração de Innocenti foi assinada por 32 países em Florença e recomenda a todos os Governos adotar o Código Internacional, na sua totalidade, como requisito mínimo e adotar, também, uma legislação em favor da maternidade até 1995.

Em 1991, a Igreja inglesa apoia o boicote à Nestlé e as vendas do Nescafé no Reino Unido diminuem 3%. O boicote estende-se à Austrália e Suíça.

Em 1993, o boicote estende-se à Itália, Luxemburgo, Espanha e Turquia. Os países que aderem ao boicote já são 18. Nos Estados Unidos os leites Nutramigen e Soyalac são retirados do mercado. O primeiro continha cacos de vidro e o segundo estava contaminado por salmonela (um gênero de bactérias).

Em 1994, a IBFAN publica Breaking the Rules 1994, resultado do monitoramento em 62 países.
No mês de Março: a alfândega do Sri Lanka recusa uma carga contendo leite em pó Nestlé da Polônia porque continha uma taxa de radioatividade superior ao dobro dos níveis permitidos. Nestlé recusa as acusações afirmando que os padrões do Sri Lanka são rígidos demais.

Em 1996, no mês de Março, uma nova resolução da Assembleia Mundial da Saúde proíbe o apoio de congressos médicos por parte dos produtores de leite em pó. Save the Children, organização inglesa de cooperação internacional, denuncia a propaganda direta e a doação de amostras na província chinesa do Yunnan. O governo chinês adota medidas para evitar que isto aconteça.

Em 1997, no mês de Janeiro, um relatório do Interagency Group of Breastfeeding Monitoring, que inclui 27 organizações sanitárias e religiosas tais como Unicef e Save the Children, denuncia as contínuas violações por parte de muitas multinacionais (inclusive a Nestlé). O relatório é baseado numa pesquisa realizada na Polônia, Bangladesh, Tailândia e África do Sul.

Em Agosto: os jovens italianos que participam da 12ª. edição do Dia Mundial da Juventude em Paris, recebem um lanche da Nestlé devido ao apoio solicitado da “Opera Romana Pellegrinaggi” (ORP) para conter as despesas da viagem. Depois dos protestos da Rede Italiana Boicote à Nestlé (RIBN), o diretor da ORP pede desculpa publicamente.

Em 1998, a IBFAN vence “Right Livelihood Award”, conhecido como o Nobel alternativo para quem oferece respostas práticas e exemplares aos problemas mais cruciais do mundo atual. A IBFAN publica Breaking the Rules, Stretching the Rules 1998.

Em 1999 a IBFAN comemora vinte anos de idade. Chega a 150 grupos em mais de 90 países.
Em 2000, a Nestlé apresenta desculpas oficiais ao Governo dinamarquês por ter afirmado que a Nestlé respeita o Código, informação desmentida pela dra. Bent Koch (Danish Veterinary and Food Administration).

Nestlé é multada pelo Governo da Costa Rica por não ter adequado a rotulagem dos produtos às leis daquele país. A Prefeitura de Stockton-on Tees (noroeste da Inglaterra) recusa o apoio da Nestlé graças ao trabalho da Baby Milk Action.

Em dezembro UNICEF opõe-se à Nestlé e à Wyeth que querem aproveitar a desculpa da possível transmissão da AIDS para “inundar” os hospitais do Terceiro Mundo com os seus produtos. A diretora da UNICEF afirma que isto “abriria o caminho para uma penetração no mercado com consequências seriíssimas.”

Em 2001, no mês de janeiro a República dos Camarões junta-se ao grupo dos países que boicotam a Nestlé. Agora são 20.

Em 2003, os integrantes da área da saúde reagiram com espanto e incredulidade às cenas onde Lord Attenborough tentava persuadir Nelson Mandela a aceitar meio milhão de libras da Nestlé para seu Fundo em troca de uma foto. A mídia sul africana relatou que o Fundo Nelson Mandela para a Criança não somente recusou dinheiro da Nestlé, mas que isto já tinha acontecido no passado.

Em 2004, a IBFAN Brasil escreveu ao Presidente Lula solicitando a exclusão da Nestlé do Programa Fome Zero onde a empresa está distribuindo comida, incluindo leite integral em pó, para famílias carentes. Nestlé está ganhando popularidade por meio desta parceria – com exceção daqueles que estão preocupados com a contribuição da empresa ao sofrimento infantil e a epidemia da obesidade.

Ao mesmo tempo, o Chefe Executivo, Peter Brabek, falando no Fórum Mundial do Comércio em Davos (Suiça), passou por um vexame por culpa dos cidadãos de São Lourenço, que são contrários à extração das águas das fontes minerais. Ele falou que a extração teria parado. Talvez porque ele soubesse que a tentativa de obter uma autorização retroativa estava para ser recusada?

Mais más notícias para a Nestlé do Brasil: a CADE parou o processo de aquisição da empresa de chocolate Garoto, pois desta forma a Nestlé passaria a ter 55% do mercado. A Nestlé parou a construção de uma plantação de café que tinha sido planejada no Espírito Santo.
Em BREAKING THE RULES 2004, resultado do trabalho dos grupos da IBFAN entre 2002 e 2004 para monitorar a aplicação do Código, são citadas 2.000 infrações. A Nestlé, que detêm 40% do mercado mundial da alimentação, é a empresa que registra mais infrações, mesmo tendo atualizado a rotulagem nos países em desenvolvimento. Com este trabalho, fica claro que nos países onde existir uma legislação nacional que implementa o Código, este é mais respeitado e as mães ficam mais informadas sobre a nutrição ideal para os seus bebês.

Em 2008, no mês de setembro, o governo de Hong Kong encontrou melamina em um produto lácteo chinês-made Nestlé. O leite Farm Dairy foi feita pela divisão da Nestlé na cidade costeira chinesa de Qingdao. A Nestlé afirmou que todos os seus produtos são seguros e não foram feitas a partir do leite adulterado com melamina. Em 2 de Outubro de 2008, o Ministério da Saúde de Taiwan anunciou que seis tipos de leite em pó produzido na China pela Nestlé continha baixo nível vestígios de melamina, e foram retirados das prateleiras.

Controvérsias e críticas atuais

Atualmente, além das controvérsias tradicionais de substitutos do leite materno, a Nestle encontra-se envolvida em várias outras. Destacaremos as relativas as águas de São Lourenço, e aos testes em animais.

Águas de São Lourenço e Pure Life

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Críticas em relação as águas da Nestle, são conhecidas no que diz respeito a reciclagem das embalagens e ao valor da venda das águas. Um documentário de 2012 com o título A vida engarrafada, retrata ascríticas a marca sobre o segundo ponto. Mas nos concentraremos na exploração das águas de São Lourenço, que tem ganhado bastante repercussão na mídia brasileira.

Abaixo segue uma reportagem da Carta Capital de maio de 2014, sobre a guerra contra a Nestle.

Da varanda do apartamento onde mora, Alzira Maria Fernandes olha para o Parque das Águas, em São Lourenço (MG), com tristeza. “Só acha bonito quem não viu como era antes. Eu frequentava muito ali. Era uma maravilha. Agora a Nestlé está acabando com tudo.” A principal preocupação da aposentada não está nos jardins planejados nem na mata nativa que o espaço, de 430 mil metros quadrados, abriga, mas no que ele esconde em seu subsolo: nove fontes de raras águas minerais e gasosas, com propriedades medicinais, que começaram a se formar há algumas dezenas ou centenas de anos.

“Água nenhuma mais tem sabor. A fonte Magnesiana chegou a secar, agora voltou, mas só cai uma tirinha, tirinha. E era bastante”, lamenta Alzira. No sul de Minas Gerais, ela e um pequeno grupo de moradores de São Lourenço acreditam que a exploração das águas para engarrafamento está afetando a qualidade do líquido e a vazão nas fontes. Reunidos na associação Amar’Água, eles tentam lutar contra a gigante multinacional e a legislação brasileira, guiada pela lógica da exploração comercial desse recurso mineral.

Alzira hoje evita ir ao parque, “para não passar raiva”, mas se orgulha de conhecer sua história. “Olha como era bonito. Até o presidente Getúlio Vargas vinha aqui. E hoje está desse jeito…”, diz, ao mostrar fotos antigas, de quando a cidade, surgida em torno de suas águas minerais, era um grande polo de turismo e tratamentos medicinais no Brasil. Mas o saudosismo dá logo lugar ao senso prático. Ela se esquece dos turistas de chapéus e saias rodadas e de suas gavetas sai uma série de documentos que ela empilha sobre a cama. São pareceres ambientais, estudos, laudos e ofícios sobre a exploração das águas minerais de São Lourenço pela Nestlé.

A maior parte dos documentos é do processo de 2001 que o Ministério Público Estadual moveu contra a empresa, depois de protestos da população sobre alterações no sabor e na vazão das águas do parque. Na ocasião, foram encontradas irregularidades na exploração de um poço, o Primavera – aberto sem autorização e cuja água passava por um processo de desmineralização, proibido pela legislação brasileira (link para a matéria com essa história). O poço foi fechado, mas outras questões levantadas na época continuaram sem resposta – como a falta de um estudo maior sobre a região, que permita determinar com precisão a capacidade de reposição dos aquíferos e a quantidade segura de extração de água para garantir a sustentabilidade do recurso.

Proteção Cultural

“Uma água que cura as pessoas é um presente que a natureza nos oferece de graça. É muito especial e o que está acontecendo aqui é um sacrilégio. Essa é uma luta da sociedade civil, de quem está vendo o problema e não tem amarras”, diz a terapeuta Nair Ribas D’Ávila, que é da Amar’Água e participa das mobilizações contra a Nestlé desde 2001. Descontentes com a fiscalização existente – realizada pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e pela Superintendência Regional de Regularização Ambiental (Supram) da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), responsável pelo licenciamento ambiental –, o grupo busca na cultura uma forma de garantir maior controle e proteção à área.

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Para fabricar a PureLife, a Nestlé, sem estudos sérios de riscos à saúde, desmineraliza a água e acrescentanestle_pure_life_logo sais minerais de sua patente. A desmineralização de água é proibida pela Constituição.

Cientistas europeus afirmam que nesse processo a Nestlé desestabiliza a água e acrescenta sais minerais para fechar a reação. Em outras palavras, a PureLife é uma água química. A Nestlé está faturando em cima de um bem comum, a água, além de o estar esgotando, por não obedecer às normas de restrição de impacto ambiental, expondo a saúde da população a riscos desconhecidos. O ritmo de bombeamento da Nestlé está acima do permitido.

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Em agosto de 2014 a Anvisa proibiu a venda de lote de água São Lourenço, da Nestlé, por contaminação. De acordo com o texto, laudo emitido pelo Instituto Adolfo Lutz identificou a presença da bactéria Pseudomonas aeruginosa acima do limite estabelecido na legislação sanitária no lote.

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E finalmente para esculhambar totalmente a marca, o Presidente da Nestlé diz em janeiro de 2015, que água não é um direito humano e deve ser privatizada.

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E assista o vídeo em que ele diz essa pérola. O empresário também diz que os orgânicos não são os melhores, que nem tudo que vem da natureza é bom, e que o homem precisa interferir.

 https://youtu.be/5a8qzsM9Kqg

Testes em animais

Para a produção do “Nestea”, a Nestlé está fazendo testes em animais para tentar provar os benefícios em sua saúde ao beber o chá. Lipton, Arizona, Snapple, Temperos Celestial, Luzianne Tea e outros não testam em animais, de acordo com a PETA. A Nestlé, fabricante do Nestea, está testando e pagando outras pessoas para realizar testes dolorosos e mortais em animais. A empresa tem causado sofrimento aos animais apenas para investigar os possíveis benefícios à saúde relacionados com os produtos e ingredientes do chá, embora nenhum desses experimentos seja legalmente exigido para os fabricantes de bebidas, e os reguladores têm afirmado que os testes em animais não são suficientes para provar um benefício de saúde sobre um produto.

Se você está imaginando ratinhos felizes bebendo chá ao invés de água, a verdade é que os experimentos são muito horríveis. Por exemplo, “experimentadores injetam produtos químicos tóxicos em camundongos para destruir células produtoras de insulina, levando os animais a desenvolverem o diabetes. Após esse procedimento cruel, os camundongos são alimentados à força com extratos de chá e depois mortos.” Mais informações estão disponíveis no site da PETA.

Fonte: www.anda.jor.br

E ai, vai continuar consumindo produtos dessa marca?