Zuísmo, a religião criada na Islandia em protesto aos privilégios das igrejas.
Em uma época de crise para muitas religiões, uma crença na Islândia conseguiu uma verdadeira façanha.
Nas últimas semanas, passou de 3 a 3 mil fiéis – quase 1% da população da ilha.
O “milagre” foi feito pelo “zuísmo”, uma religião fundada em 2013 que, no papel, se baseia em uma das mais antigas religiões do mundo: a dos sumérios, civilização politeísta que floresceu ao sul do que hoje é o Iraque, por volta de 5000 a.C.
Mas, na prática, a religião é um protesto contra o pagamento obrigatório de impostos, por todos os cidadãos da Islândia – religiosos ou não – para sustentar igrejas do país.
Na Islândia, todos os cidadãos – mesmo os ateus ou agnósticos – têm de declarar uma religião e pagar um imposto que é redistribuído a congregações.
Em 2016, o taxa será de cerca US$ 80 (cerca de R$ 320) ao ano por contribuinte.
Quase 75% da população é filiada à igreja nacional da Islândia, a luterana, e há mais de 40 organizações religiosas que se qualificam para receber os “pagamentos a paróquias” que resultam da arrecadação do imposto.
Uma delas é o zuísmo, que foi registrado como uma religião oficial, ainda que minúscula, em 2013.
“O principal objetivo da organização”, dizem os zuístas, “é que o governo derrogue qualquer lei que outorgue privilégios, financeiros ou de qualquer índole, às organizações religiosas, que sejam distintas dos oferecidos a outras organizações.”
Os zuístas pedem ainda que se anule o registro da religião dos cidadãos.
Enquanto isso não ocorre, eles devolvem aos seus fiéis o imposto da religião pago ao governo.
Funciona assim: os cidadãos pagam o chamado “imposto de Deus” ao governo; a organização zuísta recebe do governo a sua parte e, depois, devolve o dinheiro do imposto a seus membros. Ou seja, os “fiéis” do zuísmo recebem de volta o dinheiro do imposto.
“Não perguntamos aos novos fiéis se acreditam nos deuses”, disse à BBC Holger Simonsaen, um dos fundadores do zuísmo.
O estatuto do zuísmo diz que, quando alcançar seu objetivo, “a organização religiosa do zuísmo deixará de existir”.
O registro de igreja
Para se registrar como igreja, o zuísmo recuperou a crença dos sumérios.
Os sumérios – e agora os zuístas – tinham vários deuses. Os quatro principais são An, Ki, Enlil e Enki,
deuses do céu, terra, vento e água,
respectivamente.
“Acreditamos que o universo é controlado por um grupo de seres vivos com
forma humana mas imortais, com forças sobre
naturais”, diz o site da religião zuísta.
E há, na teoria, até “planos” de construir um ziggurat, ou templo.
Os fundadores da religião convidaram seus seguidores no Facebook a apresentar projetos, especificando que devem incluir ”
um auditório grande e salas menores para adoração e sacrifícios” e até “um parque ornamental de leões grandes e… um fosso para jacarés e um dragão”.
Fonte:http://www.bbc.com/
siceramente to preocupado com o crescimento da seita allanismo ou religião allana no brasil