Encantos do Peru: parte 01

abr 9, 2015 by Karina Bezerra

Avião

Rio de Janeiro- São Paulo

Faltando 09 dias para a viagem, a Tam mandou um e-mail mudando dois horários dos voos. Um era apenas 05 minutos, no entanto, o outro era 14 horas! Liguei para dizer que era impossível, pois adiando 14 horas eu chegaria dia 12 no Peru, e minha programação, ou seja, hotéis e roteiro turístico, se iniciava dia 11. Então, em vez de adiar 14 horas, eles propuseram antecipar, e eu iria passar a madrugada no aeroporto, e teve que ficar assim, eu não tinha escolha. Até que lembrei que tinha que tomar a vacina de febre amarela, e fomos correndo nos vacinar gratuitamente em um posto de saúde. Mas como faltavam 09 dias para minha entrada no Peru, teoricamente não poderíamos entrar no país, pois a vacina só surti efeito com 10 dias. Então pensei, vou ligar para Tam e solicitar que deixe o horário anterior, mas eles disseram que teria que pagar para fazer alteração. Eu até me estressei dizendo que o cliente não pode mudar de opinião diante da alteração que eles submeteram, mas não teve jeito…por sorte minha. Pois, logo corri para internet para procurar saber se alguém conseguiu burlar esse período da vacinação, e simplesmente todos os testemunhos diziam que não é requisitado o cartão de vacina. E foi o que aconteceu, passou batido.

São Paulo – Lima – Cusco

Decidimos que não iriamos passa a noite/madrugada no aeroporto, então começamos a procurar por motéis próximos ao aeroporto pela internet. Então acabei achando um tal de Fast Sleep, que ficava dentro do aeroporto. No site não dizia muita coisa R$, e nem no balcão de informação do aeroporto eles informaram quanto era. Quando chegamos lá, nossa madrugada no recinto iria ser quase o preço das nossas passagens de Recife-Rio-Recife. Saímos revoltados. A Tam deveria pagar o hotel! Acabamos encontrando uns carinhas oferecendo hotéis, e um bom de conversa acabou nos ganhando com um hotel de R$145,00, incluindo o translado ida e volta. O nome do hotel era Plaza. O quarto era simples, mas bem grande. Pensando agora, que roubo foi esse valor, deveria ser uns 100 com o translado.

Depois de pegar nossas malas no aeroporto de Lima, fomos logo olhando para os ATMs, pois não tínhamos nem dólares, nem soles. Tínhamos planejado levar dólares (não vende soles no Brasil), mas comprar dólar no Rio a 2.30 não nos atraiu muito. O ATM mais famoso e logo bem caro é o Globalnet. Tínhamos olhado as taxas desse e de outros, não anotamos, mas achávamos que esse era caro, mas era o único no aeroporto e precisávamos de dinheiro para o taxi. Durante a espera do voo para Cusco compramos um chip da claro do Peru, e assim ficamos com internet no celular e com um número.

No avião para Cusco experimentamos o refrigerante Inka Cola, que por sinal é muito ruinzinho. Achei estranho que não estava frio, mas bastou alguns dias no país para perceber que eles não tomam bebidas geladas/frias, inclusive cerveja e coca-cola. Na janela do avião só via montanhas e umas trilhas, e me interroguei respondendo negativamente: será que é por aí que vamos andar? Eu não achava que a trilha era tão montanhosa Também dava para ver lagos, locais verdes e cidades. Um aperitivo para o deslumbramento que se apresentaria.

1ª dia, Cuzco

Estou voltando a escrever o texto da viagem só em fevereiro de 2015, portanto não vai ser tão proveitoso se tivesse escrito assim que voltei, mas vamos lá.

Quando descemos do avião, no caminho para pegar as malas, já fomos abordados com oferecimento de passeios e taxi. Falamos que já tínhamos e fomos pegar as malas. Do lado de fora ficam um monte de taxistas no vidro perguntando se alguém quer taxi. Barganhamos por 10 dolares. SEMPRE barganhe no Peru. Você pode conseguir até menos que a metade. Eles sempre colocam o preço bem acima.

No caminho para o hostel no centro da cidade, o “Dragon fly”, fiquei observando a cidade, e não era como eu esperava vi uma cidade pequena e com casas simples, não era bonita. Mas chegando no centro da cidade, que é o centro histórico começa a ficar bonito. Chegamos no hostel, fomos bem atendidos, no entanto, nosso quarto era com banheiro compartilhado, e eu achava que tinha comprado com banheiro privativo. Eu reservei só 02 dias lá, pois no terceiro, iriamos para a trilha. A moça perguntou se queríamos só ficar um dia, por conta do banheiro, mas decidimos ficar os dois. O quarto era feio, antigo e velho, sem aquecedor, mas dava para ficar dois dias. O pior era ter que ir tomar banho, levando as coisas de banho, sem ter onde colocar no banheiro, foi muito trash.

Abaixo segue a tabela que fiz para programar a viagem:

            Depois de deixar as coisas no hostel, fomos conhecer a cidade. Quando eu pesquisei para reservar o hotel, a Praça de Las Armas, era sempre a referência para saber se a localidade do hotel era boa. E do Dragon Fly, era bem perto. A praça é linda, as construções são exuberantes. A primeira foto minha e de meu namorado, foi uma self com a Catedral por trás. Depois disso tínhamos duas missões a fazer: procurar um restaurante vegano no HappyCow, e procurar um caixa eletrônico do Scotia Bank, pois nele não pagamos taxas. J Eu não lembro se encontramos nesse mesmo dia o banco, mas sei que encontramos ele. E lembro sem dúvida da andada gigante, no frio triste, que demos para achar o restaurante vegano que o HappyCow mostrou, e no final das contas, quando chegamos lá, ele não existia mais. Bateu o desespero, pois estávamos com muita fome. O cusquenhos amam frango, que se chama pollo em espanhol. Em todo restaurante que eu olhava tinha escrito “pollo”, chega dava raiva. Enfim, entramos em um restaurante, em que vi umas batatas no cartaz. Comi batata, com alguma coisa, não lembro o que foi. Mas a dona foi super simpática, como eu não pedi com a carne, ele me cobrou mais barato. Ah e lá tem moedas de 02 e 05 soles. É estranho, as vezes a pessoa acha que está liso, porque está cheio de moedas, mas está cheio da grana haha.

Torcemos para que eu não demore muito para escrever as outras partes

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