Minha viagem para São Paulo

jul 14, 2011 by

Durante duas lunações, no outono de 2011, meses de maio e junho, morei na casa de estudante da UMESP, em São Bernardo do Campo. Nunca havia ido a São Paulo, no entanto, sem problema algum, cheguei a minha fortuna. Fui muito bem recebida e bem acomodada em meu novo lar, que guardo hoje ótimas recordações. Tinha um ótimo chão, para firmar minha construção, e um ótimo teto para proteger meus sonhos. E o ares que entravam, saiam e permaneciam na casa, me trouxeram uma chama transformadora.
 Os sessenta dias em solo paulista foram carregados de descobertas. Meus pés ainda possuem dois calos orgulhosamente. Andei bastanteee, muito mesmooo!. Com um caldeirão. No entanto, com quase nada dentro. Agora em Recife essa panela transborda. E com a energia crescente do sol, e a fertilidade da terra, cozinho todas as sementes, que São Paulo me proporcionou.
Conheci pessoas, lugares e tive momentos inesquecíveis. Agradeço a todos que colocaram uma sementinha em meu caldeirão. Aos meus colegas de lar, por suas gentilezas, preocupações, e carinho. Aos meus colegas estudantes da Metodista, por terem me mostrado outro olhar das denominações protestantes, sobre o mundo. Aos professores, e funcionários da metodista, por terem me recebido com zelo. Em especial, à Sandra, pela ótima orientação, e a Lieve pelas ótimas aulas, em tom suave, mas carregado de desconstruções extasiantes.
Agradeço ao Google Maps, e ao mapinha do metrô, que possibilitaram minha peregrinação em toda Grande São Paulo, e até ao interior do estado. Agradeço, a todos os grupos de bruxos, que me receberam muito bem, com ótima disposição e comprometimento. Tornando minha pesquisa de campo, e observação participativa, muito proveitosa.
Sou grata também aos meus queridos professores Gilbraz e Luiz Carlos, pela articulação da minha viagem, que me proporcionou tanto conhecimento e desenvolvimento. E ao PROCAD, por me tirar da vassoura (os olhos da mente), e me colocar no avião, e eu ver o corpo da mãe terra tão exuberante, quanto à luz do horizonte, que esconde os confins da terra.  E lógico, pela volta ao calor da minha terrinha, que aprendi a dar muito mais valor. Como é bom, ouvir e falar, “oxe, ta com a bexiga, arretado, brigada, de nada…” e como é bom, ficar em casa, descalça, de vestido e sem casaco…

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Comentários

  1. Marília disse:

    Esse Brasilzão completamente sincretisado, cheio de mistérios e pessoas diferentes, importante ver que não é preciso ir à outro país para ver que por mais que o cristianismo seja predominante ainda existe um montão de pessoas abertas ao desafio de ser parte de uma religião pagã, e meninos e meninas, homens e mulheres que pensam religiosamente nesse nosso planeta! Parabéns Karina por ter tido essa coragem de ir em busca de informação! Tenho certeza que em parte você não é mais a mesma depois desses novos conhecimentos, estou anciosa para ler suas novas matérias aqui no Blog! Bjão!