Crescem o número de gregos que adoram os deuses antigos

jun 20, 2016 by Karina Bezerra

Tradução: Karina Oliveira Bezerra

Os adoradores dos deuses dos antigos estão crescendo e já instalaram várias áreas dedicadas a adoração aos deuses gregos. Ao mesmo tempo, os seguidores veem o Cristianismo como uma religião que veio substituir as antigas práticas religiosas dos gregos antigos, muitas vezes por meios violentos.

Um desses grupos é o Conselho Supremo dos Helenos Étnicos, que foi fundado em 1997. Outro é a comunidade religiosa Labrys. Os seguidores desses grupos visam reavivar o espírito helênico dos antigos tempos.

Além disso, há eventos especiais que celebram os tempos antigos da Grécia. Por exemplo, o festival Prometheia é uma celebração anual dedicada ao “antigo espírito grego” e que tem sido realizado há 21 anos. O evento foi inspirado e realizado pelo Professor de Filosofia, Dr. Tryphon Olympios, e agora se tornou quase uma instituição pan-helênica.

Tendo lugar no sopé do monte Olimpo — “casa” dos 12 deuses da Grécia antiga — é mais que um evento, fazendo os gregos “voltar às suas raízes”, diz o professor Olympios. E este é o propósito de movimentos semelhantes.

No entanto, existem aspectos destes movimentos que não são tão pacífico. Por exemplo, uma igreja ortodoxa na ilha de Creta foi vandalizada por “seguidores de Zeus.” Os perpetradores mancharam todos os 13 ícones (imagem pintada sobre a madeira) da igreja com fezes.

“Essa é cortesia de Zeus”, disse a mensagem, escrita em carvão. Outras mensagens que falavam contra os cristãos também foram escritos nos ícones.

Incidentes semelhantes ocorrem em igrejas cristãs em toda a Grécia, uma vez que era costume dos primeiros cristãos gregos construir suas igrejas nos terrenos de templos de adoração dos deuses dos antigos.

Abaixo assista um vídeo do festival Promeithea e um texto do Greek Reporter sobre o evento.

Tradução: Karina Oliveira Bezerra

Fonte: http://greece.greekreporter.com

A maioria dos visitantes que vão à Grécia relacionam seu passado antigo através de monumentos, museus, ou, se eles realmente estão motivados, através de livros. Poucos, se algum, nunca são expostos a uma exposição da vida real de fé nos doze deuses ou formação hoplite antiga. Esta experiência, no entanto, existem descobri há algumas semanas no início de julho. Todos os anos, durante a primeira semana do mês, milhares vão no sopé do Monte Olimpo perto da cidade de Litohoro para celebrar os deuses do Olimpo e para recriar e, em alguns casos, re-reviver as vidas dos gregos antigos.

O longo evento de três dias é chamado de “Promeithea” e já se arrasta desde 1995, idealizado por Tryphon Olympios, professor e amante da filosofia grega antiga. Olympios, um homem solene, barbudo, que pode facilmente passar por um antigo filósofo, espera que mais e mais gregos aproveitem as suas antigas raízes, particularmente a ética que tornaram a região o berço da civilização ocidental.

O evento de três dias é pontuada por poesia antiga, palestras, música, dança, cerimônias e comida. Há sessões até mesmo treinamento para os futuros atiradores de lanças e lutadores de espada. A primeira noite vê um desfile de centenas de pessoas em trajes segurando tochas marchando pelas ruas de Litihoro. O resto do evento é realizado em um prado logo acima da cidade com eventos que acontecem a cada hora.

Muitos dos participantes são hostis a Grécia moderna e a religião monoteísta. A crise atual, muitos dizem, é causada pela Grécia perder não apenas a sua ética, mas também a sua identidade como um país líder dos valores humanistas e individuais. Entre as tendas nas florestas perto do prado, falar de política, religião e sociedade é galopante, mas a solução é sempre a mesma: é hora de trazer a Grécia de volta para a ética e os valores da Idade de Ouro.