A Playboy e a Ditadura
Primeira versão brasileira da Playboy
“Durante os dez anos de vigência do nefasto Decreto-Lei nº 1077, de 1970, que instituiu a censura a revistas e livros considerados imorais, mais de 2 mil publicações sofreram algum tipo de restrição pelas mãos dos censores federais. Nem mesmo a edição americana da PLAYBOY escapou, tendo a venda proibida em 6 de fevereiro de 1970. A justificativa do governo militar, nas palavras do então ministro da Justiça, Alfredo Buzaid (1969-1974), era que as “revistas de mulher pelada” estimulariam a “licenciosidade, insinuariam o amor livre e ameaçariam destruir os valores morais da sociedade brasileira”. Na visão do ministro, elas obedeceriam a um mirabolante “plano subversivo comunista que colocaria em risco a segurança nacional”. (RISÉRIO, Manoel. Playboy vs. Censura – 1975/1980. In: Revista Playboy. Editora Abril, nº 423, agosto de2010, p. 244).
A primeira versão brasileira da Playboy surgiu em agosto de 1975, com o título de A Revista do Homem, em razão de sua designação original ter sido vetada pela censura da época. A nudez também era um grande problema; nove das 12 capas estamparam um casal no primeiro ano da revista.
Em abril de 1977, com o afrouxamento do regime militar sob a presidência de Ernesto Geisel, a Playboy conseguiu pela primeira vez estampar na capa a famosa logomarca da revista de Hugh Hefner: o coelhinho de gravata borboleta.
E, por fim, apenas em julho de 1978, a revista pôde estampar seu verdadeiro título nas bancas, com a presença na capa da modelo importada dos americanos Debra Jo Fondren. Desde então, a Playboy tornou-se uma das revistas de maior vendagem no mercado brasileiro. (Wikipedia)
Para ver as capas das edições brasileiras da Playboy de 1975 a 1992 clique aqui
nice site, all posts are very nice.